Corresponde ao processo de decomposição de materiais orgânicos por organismos heterótrofos aeróbios, visando a obtenção de material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais. Em geral, a compostagem serve para a estabilização de resíduos orgânicos urbanos. Na fase mesófila inicial, predominam bactérias e fungos produtores de ácidos. Em seguida, a partir do revolvimento da pilha de material em compostagem e da maior disponibilidade de oxigênio, alcança-se a fase termófila, na qual pode ser superada a temperatura de 70°C. Posteriormente, com a perda de calor, retorna-se a fase mesófila, quando o composto passa a apresentar outra composição química (menor relação C/N) e aspecto mais escurecido. Espécies de bactérias e fungos predominam e sucedem-se no ambiente da compostagem. A umidade é fundamental ao desenvolvimento do processo, devendo-se evitar a escassez ou o excesso de água. A condição aeróbia acelera o processo e inibe a geração de odores fétidos e a atração de vetores. O metabolismo exotérmico dos microrganismos aeróbios induz o calor necessário ao aquecimento da massa orgânica e a decomposição em condição termofílica. A oferta balanceada de carbono e nitrogênio é fundamental ao metabolismo dos organismos. A pilha de compostagem deve ser constituída a partir de material com granulometria ótima, tanto para satisfazer a aeração do meio como também a ação dos organismos decompositores. Idealmente, as pilhas devem apresentar seção triangular, inclinação entre 40 a 60 graus, largura e altura compreendidas, respectivamente, entre 2,5 e 3,5 m e 1,5 e 1,8 m. O tempo médio para a estabilização da matéria orgânica é compreendido entre 30 e 60 dias. Adicionalmente, outros 30 a 60 dias são requeridos para a completa humificação.
As leiras de compostagem do CESA/UFRJ são do tipo estática e com aeração passiva. Encontram-se instaladas em 3 canteiros retangulares (2,0 m x 1,6 m), impermeabilizados com lona, e com declividade de fundo igual a 5%. O volume de cada leira é de 4,8 m³, e serve para a compostagem de resíduos de alimentos do Restaurante Universitário e de resíduos da manutenção de áreas verdes do Campus da UFRJ. A instalação conta com dispositivo de monitoramento automatizado da temperatura.