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País teria de investir R$ 150 bilhões para que cidadãos tivessem, até 2035, saneamento adequado. Mas a maioria das empresas públicas não conseguirá bancar este projeto.

18 10 Drhima Noticia opn

Sabe-se da precariedade do setor de saneamento básico, inaceitável num país que tem um dos dez maiores PIBs do mundo. Levantamento divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA) confirma esta vergonha nacional, e com dados inéditos que cobrem todos os 5.570 municípios brasileiros.

A situação é de fato trágica, considerando-se os efeitos colaterais deletérios, decorrentes da falta de uma cobertura minimamente aceitável em grande parte do país, sobre a saúde das pessoas — um fator grave de pressão no orçamento do SUS e no meio ambiente.

O esgoto de 45% da população — ou 93,6 milhões de pessoas — não é tratado. Quando se veem as estatísticas mais de perto, a tragédia fica ainda mais evidente. Por exemplo, a grande maioria das cidades brasileiras — 4.801 de 5.570 — tem índices de remoção da carga orgânica dos esgotos inferiores aos 60% exigidos pelo governo federal. Somadas, elas abrigam 129,5 milhões de habitantes, um enorme contingente de pessoas.

Há vários indicadores alarmantes. Outro deles: 70% dos municípios tratam esgoto com no máximo 30% de eficiência. Por tudo isso, 57% da população brasileira residem em municípios nos quais os rios não têm vazão capaz de diluir a carga orgânica que recebem. Se já não morreram, morrerão.

Um grande e conhecido destaque negativo neste e em outros levantamentos é o Rio de Janeiro, o segundo estado da Federação, mas com índices de saneamento abaixo da crítica. Sendo responsável por 9,4% do total do esgoto gerado no país, o estado não consegue tratar 68% dele. A parcela de 73% dos fluminenses é atendida por algum tipo de coleta, incluindo soluções individuais como fossa séptica. Mas, nas cidades, por exemplo, mais da metade do esgoto é coletado, porém apenas 42% dele são tratados.

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Fonte: O Globo

O objetivo é informar os comerciantes que a gordura vegetal obstrui a tubulação

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NITERÓI - A cirurgia feita para eliminar gordura do corpo humano agora batiza uma ação da Secretaria municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos que quer acabar com o despejo irregular de gordura na rede de esgoto por bares, lanchonetes e restaurantes de Niterói. A Operação Lipoaspiração, em seis meses, já notificou 101 estabelecimentos e autuou 98 no perímetro que compreende a Avenida Amaral Peixoto e Rua Quinze de Novembro, da Avenida Visconde do Rio Branco à Rua Visconde de Sepetiba.

A operação tem o objetivo de informar os comerciantes que jogar gordura vegetal na rede é um dos grandes vilões dos problemas que ocorrem no sistema, causa de obstrução da tubulação e dos desagradáveis transbordamentos e mau cheiro. Até agora, técnicos da secretaria constataram que 45% dos estabelecimentos apresentavam algum problema em relação ao seu dispositivo retentor de gordura, sendo que 16% sequer contavam com o equipamento.

Proprietário do Bar do Meio, na Travessa Alberto Vítor, Cadu Benício teve seu restaurante inspecionado pela pela equipe da secretaria e elogiou o caráter educativo da operação. A caixa de gordura do bar estava fora dos padrões, e ele precisou investir cerca de R$ 2,5 mil para adequá-la.

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Fonte: O Globo

CNI defende simplificação do acesso, que demora 27 meses em média, e propõe mudanças para aumentar investimentos no setor. Hoje, apenas metade dos brasileiros tem acesso à coleta de esgoto.

burocracianofgtsUm estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta terça-feira (19) lista uma série de propostas para tentar reduzir o prazo para a liberação de recursos do FGTS destinados a programas de saneamento no país. Segundo a confederação, atualmente o setor público espera, em média, 27 meses pela verba, período que devia ser reduzido para pelo menos 18 meses para se igualar ao setor privado. A demora é apontada como um dos entraves para um investimento adequado no país.
Segundo os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgados em janeiro deste ano e referentes a 2015, apenas 50,3% dos brasileiros têm acesso à coleta de esgoto, o que significa que mais de 100 milhões de pessoas utilizam medidas alternativas para lidar com os dejetos – seja através de uma fossa, seja jogando o esgoto diretamente em rios.

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Fonte: G1

Despejo de esgoto no Recreio, Zona Oeste do Rio - Analice Paron / Agência O Globo/04-07-2017
18 10 Noticia 150

BRASÍLIA - O Brasil precisa investir R$ 150 bilhões para garantir a todos os moradores das cidades acesso ao serviço de saneamento básico adequado até 2035. Atualmente, o esgoto gerado por 45% de toda a população brasileira não recebe qualquer tipo de tratamento, aumentando os riscos de poluição e contaminação de rios, lagos e outros mananciais onde os rejeitos são lançados.

Diariamente, 5,5 mil toneladas de esgoto não tratado chegam principalmente aos rios, mas também vão parar em reservatórios de água, mananciais e lagos do país.

Os dados estão em estudo inédito sobre o saneamento básico no país produzido pela Agência Nacional de Águas (ANA), autarquia federal responsável pela gestão dos recursos hídricos brasileiros, divulgado ontem. A agência reguladora pesquisou a situação dos serviços de esgotamento sanitário em todos os 5.570 municípios brasileiros.

O levantamento aponta que 43% da população brasileira urbana são atendidos por sistema coletivo (rede coletora e estação de tratamento de esgotos); 12%, por solução individual (fossa séptica); 18% se enquadram na situação em que os esgotos são coletados, mas não são tratados; e 27% são desprovidos de atendimento, ou seja, não há coleta nem tratamento de esgoto. Somando a parcela dos cidadãos que não têm esgoto tratado e os que não têm coleta, são 45% da população, ou 93,6 milhões.

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Fonte: O Globo

10 09 drhima cientistasCientistas escoceses desenvolveram técnicas para recuperar fósforo do esgoto, como parte de um projeto para reciclar e conservar um elemento químico vital para a produção de alimentos. As reservas globais de fósforo estão diminuindo, segundo especialistas, mas a equipe da Glasgow Caledonian University conseguiu recuperar o elemento de água de esgoto, com auxílio de plantas microscópicas. O fósforo é uma parte essencial de nossas vidas e faz até parte do DNA humano. Sua importância é maior ainda pelo fato de o elemento ser um ingrediente essencial dos fertilizantes que põem comida nas nossas mesas -- tanto a agricultura quanto a pecuária (nas rações de animais) usam fósforo. E, ao contrário, do nitrogênio, outro elemento essencial na composição de fertilizantes, o fósforo não pode ser retirado do ar. Ele é obtido de minas em quantidade pequena de países, nenhum deles bastiões de estabilidade. Ole Pahl, um dos cientistas da Glasgow Caledonian University, explica a dimensão do problema.

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Fonte: G1

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