A ANA (Agência Nacional de Águas) premiou, na noite da última quarta-feira (6/12), em Brasília, nove projetos de todo o país que combatem a poluição, o desperdício de água e contribuem para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos. Este ano, a premiação tem nove categorias e avaliou ações de empresas de ensino, pesquisa, governo e imprensa. Vinte e sete trabalhos de 12 estados e do Distrito Federal foram selecionados para a final.
O presidente da Comissão Organizadora da 6ª edição do Prêmio ANA, Horácio Figueiredo, destacou a importância do evento para dar visibilidade a bons projetos. “A ideia é dar um selo de qualidade, chancelar iniciativas de preservação dos recursos hídricos. De fato, há uma valorização e reconhecimento muito grande por parte da mídia e da sociedade dos projetos finalistas e vencedores, que alavancaram novos recursos e fontes de financiamento após a premiação”, disse.
Figueiredo avalia que o tema água tem ganhado uma importância cada vez maior, especialmente nos últimos três anos, após a crise hídrica chegar a locais que nunca haviam enfrentado o problema, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Finalistas
Na categoria Pesquisa e Inovação Tecnológica, um dos três finalistas é o projeto Produção agrícola familiar utilizando rejeito da dessalinização da água salobra como suporte hídrico, da Ufersa (Universidade Federal Rural do Semiárido), em Mossoró (RN).
O projeto existe desde meados de 2014 e foi criado com o objetivo de verificar a viabilidade do uso do rejeito da dessalinização da água salobra na região do Semiárido em sistemas de produção agrícola. A escassez de água na região representa um desafio para a produção de alimentos e requer, além do uso racional da água, o aproveitamento de fontes alternativas.
Ao longo dos anos, programas do governo federal, como o Água Boa, instalaram estações de tratamento de água salobra em áreas ruais da região, processo que resulta em um rejeito altamente salino e poluente.
Fonte: Painel Acadêmico
Ferramenta avalia risco hídrico no Brasil. A coordenadora do Núcleo de Ciências da WWF, Mariana Napolitano, ressaltou a abrangência em mais de dois mil locais no País.
“A ferramenta é online, gratuita, e tem duas formas de avaliação do risco. Uma é apenas pela localização e outra é por questionário online, seja governo, empresários respondem, sobre tipo de uso que é feito da água e ferramenta oferece panorama do risco hídrico e portfólio de resposta àquele risco”, disse.
Dentre os setores com maior número de avaliações no Brasil estão as empresas de bebidas, papel e celulose e agricultura, especialmente no Sul e Sudeste do País.
“Essa ferramenta foi desenvolvida pela WWF em 2012 e tinha dados globais sobre poluição, escassez de agua, frequência de enchentes e outros. O que a gente fez agora foram dados de alta resolução para o Brasil”, explicou.
A WWF pretende ajudar organizações de todo o mundo a avaliar os riscos físicos, regulatórios e reputacionais relacionados à gestão da água.
Fonte: G1
O governo do Distrito Federal informou nesta terça-feira (12) esperar 40 mil pessoas no 8º Fórum Mundial da Água, que acontece entre 18 e 23 de março de 2018. O tema é "Compartilhando Água", e os participantes do evento – governo, sociedade civil, empresas e instituições científicas – deverão debater oferta e preservação dos recursos hídricos.
"Será um momento histórico para Brasília, porque vamos reunir em torno de 7 mil estrangeiros, os maiores especialistas no tema água do mundo, vários chefes de Estado e o secretário-geral da ONU [Organização das Nações Unidas, António Guterres]", disse o governador, Rodrigo Rollemberg. O evento acontece meses após a capital do país viver sua pior crise hídrica.
Esta será a primeira vez que o Hemisfério Sul sediará o fórum, que é considerado o maior sobre o assunto. O evento acontecerá em dois locais: o Centro de Convenções Ulysses Guimarães e o Estádio Nacional Mané Garrincha. Uma das novidades será a Vila Cidadã, no estádio. Na área, de acesso gratuito, haverá debates, exposições, palestras, atividades culturais, artesanato e área de alimentação.
O estádio também abrigará exposição e feira. Será preciso inscrição prévia para acessar a área da exposição, que funcionará também como um espaço de negócios. A feira contará com mostras científicas e estandes de instituições que participam do evento.
No Centro de Convenções ocorrerão as cerimônias de abertura e encerramento do fórum, palestras e painéis com representantes internacionais. Para ter acesso ao local, é necessário se inscrever e pagar pela participação.
Inscrições
As inscrições para o 8º Fórum Mundial da Água já estão abertas no site do evento. É possível participar de todos os painéis, com o passaporte para os seis dias, comprar um passe para três dias ou adquirir passes diários.
Os valores do primeiro lote são: R$ 350 para a entrada diária; R$ 680 para três dias; e R$ 1.138 para o pacote de seis dias.
Estudantes têm desconto e pagam R$ 140 no tíquete por dia, R$ 280 no passe para três dias e R$ 455 no passaporte completo.
Sobre o Fórum Mundial da Água
Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos.
O fórum ocorre a cada três anos e já passou por: Daegu, na Coreia do Sul (2015); Marselha, na França (2012); Istambul, na Turquia (2009); Cidade do México, no México (2006); Kyoto, no Japão (2003); Haia, na Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997).
Fonte: G1
Vitória é a capital brasileira com a maior taxa da população residente em imóveis com acesso simultâneo aos três serviços de saneamento básico (coleta direta ou indireta de lixo, abastecimento de água por rede geral e esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial).
Ao todo, 99,1% da população da cidade se encontra nessa situação. O Espírito Santo, por sua vez, tem a quinta maior taxa do tipo no país, chegando a 76.8%.
Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2017, divulgado na sexta-feira (15), que tem como principal base de informações a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de 2012 a 2016.
O estudo faz uma análise das condições de vida da população brasileira, sob diferentes aspectos.
Ocupação dos jovens
Em 2016, no Espírito Santo, 20,5% dos jovens de 16 a 29 anos só estudavam; 11,4% estavam ocupados e estudavam; 41,1% só estavam ocupados e 27,0% não estavam ocupados nem estudavam, os chamados "nem-nem".
Taxa de formalização
No Espírito Santo, em 2016, dentre 1,785 milhão de pessoas de 16 anos ou mais ocupadas, a taxa de formalização (proporção de pessoas ocupadas em trabalhos formais) era de 62,7%, acima da média nacional (61,2%).
Rendimento domiciliar
No Espírito Santo, 3,6% das pessoas residiam em domicílios com rendimento domiciliar mensal per capita de mais de 5 salários mínimos. Em Vitória, esse percentual atingia 17,4% da população, segundo maior percentual entre as capitais.
A renda total apropriada pelos 10% das pessoas com maiores rendimentos era 2,7 vezes maior que o total de renda apropriado pelos 40% com menores rendimentos no Espírito Santo em 2016.
Pobreza monetária
Segundo o critério adotado pelo Banco Mundial, que considera pobre quem ganha menos do que US$ 5,5 por dia nos países em desenvolvimento (esse valor equivale a uma renda domiciliar per capita de R$ 387 por mês), 22,3% da população vivia em condição de pobreza no Espírito Santo em 2016. Em Vitória, 10,9% da população se encontrava nessa condição.
Adensamento excessivo
Do total de 3,969 milhões de pessoas no Espírito Santo, em 2016, 3,8% residiam em domicílios com adensamento excessivo (aqueles com mais de três moradores por cômodo utilizado como dormitório). Em Vitória, esse percentual era de 0,9%, o menor entre as capitais do país.
Ônus excessivo com aluguel
Em 2016, no Espírito Santo, 4,3% das pessoas residiam em domicílios em situação de ônus excessivo com aluguel (imóvel alugado cujo valor do aluguel mensal é igual ou superior a 30% do rendimento domiciliar). Em Vitória, esse percentual era de 5,1%.
Fonte: G1
Justiça do Trabalho do Rio decidiu novamente anular o processo da privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), em ação movida pelo sindicato dos trabalhadores da companhia. A decisão, em caráter liminar, foi tomada na segunda-feira (18) pela juíza substituta da 57ª Vara do Trabalho, Maria Gabriela Nuti.
"Para que fique bem claro, os réus estão proibidos de praticar quaisquer atos de privatização ou que comprometam o patrimônio da Cedae sem antes ofertar a seus funcionários, em igualdade de condições, a assunção da empresa, sob a forma de cooperativas, declarando-se nulos todos os que foram praticados até o momento em afronta à Constituição Estadual", escreveu a juíza, que estipulou multa diária equivalente a R$ 500 mil em caso de descumprimento.
O Governo do Estado, que conta com a venda da estatal para seguir com o plano de recuperação fiscal, ainda pode recorrer. O secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, disse que os pagamentos prometidos para quarta-feira (20) estão mantidos.
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) informou que está examinando a sentença da Justiça do Trabalho para avaliar que posição vai tomar.
Disputa na Justiça
Esta é a segunda vez que a Justiça do Trabalho decide barrar a privatização. Em setembro, a mesma juíza já havia determinado o anulamento do processo. A liminar, no entanto, foi derrubada, causando protesto de funcionários.
O projeto de lei que autoriza a privatização da Cedae foi aprovado pelo plenário da Assembleia Legislativa (Alerj) em fevereiro, após meses de muita polêmica e manifestações. O texto aprovado previa a venda da empresa como contrapartida para viabilizar um empréstimo da União para o estado de R$ 3,5 bilhões – o valor foi recalculado para R$ 2,9 bilhões.
A medida é tratada pelo governo do RJ como prioritária para conseguir resolver a crise financeira que afeta o estado e tem comprometido o pagamento dos servidores e de fornecedores.
Fonte: G1